Campinas adiou, pela terceira vez, o prazo para conclusão das obras da primeira fase da reforma do Centro de Convivência Cultural. A administração municipal previa o encerramento das obras em dezembro de 2022, mas estipulou março como novo prazo. Como ele também não foi suficiente, houve um segundo adiamento até maio. No entanto, o serviço não pôde ser concluído dentro do prazo, e agora deve ser entregue ainda em junho, segundo a Prefeitura. O novo adiamento ocorreu devido ao processo de impermeabilização das estruturas externas, prejudicada pelo período de chuvas e dias úmidos. O processo é necessário para solucionar as infiltrações que causaram a interdição na área de lazer e cultura.
Atualmente, 90% das obras da primeira fase estão concluídas. Apesar dos atrasos, a Secretaria de Infraestrutura mantém o prazo de entrega final para o fim de 2024. Em entrevista ao CBN Cultura do último sábado, a Secretária de Cultura e Turismo de Campinas, Alexandra Caprioli, falou sobre o andamento das obras.
A licitação para início da segunda fase das intervenções também deve ocorrer ainda em junho. A nova previsão é de que as obras no teatro sejam finalizadas em agosto deste ano. Agora, o trabalho ocorre na área externa, nas escadarias do Teatro de Arena, que também recebe correções na estrutura do pavimento.
O Centro de Convivência está fechado desde 2011. A recuperação começou em outubro de 2020, após um impasse iniciado em 2013, quando a Prefeitura anunciou que a área seria reformada. Foram sucessivos atrasos no anúncio das obras. A primeira licitação, por exemplo, foi suspensa após questionamentos técnicos por empresas.
A reforma tinha primeira fase orçada inicialmente em R$ 17 milhões, contudo, em junho do ano passado houve um reajuste de R$ 5,6 milhões. A segunda fase custará R$ 25 milhões, custeados totalmente pelo governo estadual.
O Centro de Convivência Cultural de Campinas foi inaugurado em 9 de setembro de 1976, fica na Praça Imprensa Fluminense e tem projeto original do arquiteto Fábio Penteado. Desde a inauguração, o teatro e o anfiteatro nunca passaram por reforma. O local tinha goteiras, fiação elétrica exposta e apresentava risco aos frequentadores.
