Com o aumento de casos de febre maculosa em Campinas, as capivaras, hospedeiras do carrapato-estrela, transmissor da doença, voltam a ser pauta. Os animais, que viraram sinônimo de ameaça para alguns, na verdade também são vítimas e podem acabar ajudando no processo de controle da doença.
De acordo com o veterinário Sérgio Castilho, as capivaras vêm se reproduzindo de forma muito rápida e os humanos seguem frequentando os locais onde esses animais costumam viver. Ele explica que, ao invés de cometer o erro de matar ou tirar eles desses ambientes, o correto seria medicar esses animais com antígenos já existentes, como o fipronil.
O fipronil é um inseticida que danifica o sistema nervoso central do inseto, muito utilizado para combater pulgas e carrapatos em cães e gatos. Outra forma de prevenção seria pulverizar outros produtos nos locais onde há o contato de humanos e capivaras.
Por fim, o médico veterinário afirma que já existem exames de antígeno e anticorpos imediatos. Na visão dele, essas mortes podem ter ocorrido por uma provável demora para tomar a medicação.
Nos últimos cinco anos, Campinas registrou, até o momento, 29 óbitos de febre maculosa. Porém, nesse mesmo período, 17 pessoas contraíram a doença e se curaram.