A Prefeitura de Campinas iniciou nesta quarta-feira (21) o inventário da população de capivaras que vivem em três parques públicos da cidade: o Parque das Águas, no Parque Jambeiro; o Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão Filho, em Barão Geraldo; e o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, na Rodovia Heitor Penteado.
O objetivo do inventário é obter informações que embasem uma solicitação de autorização de manejo e esterilização dos animais junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, conforme explica o Rogério Menzes, titular da Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que é responsável pelo inventário. “São etapas. A primeira etapa que nós estamos, com ajuda de alunos da PUC, fizemos o inventário, que é a contagem, mas não só a contagem, contar o número de bichos, tem que identificar o sexo, é macho, fêmea, se é juvenil, se adulto, todas as informações biológicas necessárias para na etapa de fazer o manejo e as esterilizações a gente tem previamente que pedir autorização através do departamento de fauna da secretaria estadual de MeioAmbiente, Infraestrutura e Logística”.
Após a conclusão do levantamento e autorização do governo estadual, a Prefeitura pretende abrir licitação para contratar uma empresa e esterilizar as capivaras. A ideia é que todos os animais sejam microchipados, e recebam uma marcação que indique a castração.
O secretário explica por que é equivocado o pensamento de que basta retirar as capivaras dos parques da cidade para que não haja mais risco de febre maculosa nos locais. “O pessoal, tem ideias que não dão certo, já estão testadas, não dão certo, por exemplo, porque que não tira as capivaras solta elas em outro lugar? Porque rapidamente repovoa, elas vêm pela rede, e aí você vai ter outra população de capivara que muitas vezes nem entrou em contato com a bactéria, isso é pior para a questão da doença, então você não tem resposta imunológica, porque eles vão ter a bactéria circulando por um tempo no sangue, multiplicando no sangue, vão passar para os carrapatos, então aumenta risco”.
O levantamento é executado por uma força-tarefa composta por técnicos do gabinete da pasta e do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal, sob supervisão técnica de um veterinário.Após a conclusão será póssível saber o número de grupos, fêmeas, filhotes e machos, entre outras informações relevantes para a questão.
Na semana passada foi realizado o levantamento em relação às capivaras do Parque Portugal (Lagoa do Taquaral) e Lago do Café, ambos no bairro Taquaral. Na lagoa foram identificados dois grupos com 48 indivíduos no total. Já no Lago do Café são 28 capivaras, divididas em dois grupos.