Dados do Ministério da Saúde apontam que a região de Campinas teve alta de 135% nos acidentes com animais peçonhentos nos últimos 10 anos. Levantamento feito pelo G1 Campinas mostra que em 2022, o total de ocorrências chegou a 1932 e foi o maior do período.
A pesquisa inclui informações de Americana, Campinas, Indaiatuba, Hortolândia e Sumaré.
O médico e coordenador do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fábio Bucaretchi, afirma que boa parte das ocorrências estão ligadas a acidentes com escorpiões, especialmente do tipo amarelo. Ele cita a facilidade de adaptação e de reprodução do inseto como um grande desafio.
Outro fator é fato de o escorpião amarelo conseguir se reproduzir sozinho. Não é preciso que haja um macho e uma fêmea. Também contribui o crescimento desordenado das cidades é a presença abundante de alimentos para os insetos.
Na comparação entre cidades, Hortolândia foi a que teve o maior aumento. Passou de 34 casos em 2012 para 306. Na sequência estão Sumaré, com alta de 26 para 209 em 10 anos, e Indaiatuba, de 9 para 53. Em Campinas, as ocorrências tiveram alta de 87%, enquanto Americana registrou 75% mais no ano passado.
De acordo com o especialista a principal orientação para quem for picado por um escorpião é manter a calma e procurar uma unidade de saúde.
Aqui em Campinas o Hospital das Clínicas da Unicamp conta com soros antivenenos.