O andamento dos esforços para a retomada do trem de passageiros e Campinas tem animado representantes do setor ferroviário e também sindicalistas do transporte de cargas pelas rodovias. A avaliação é de que a medida vai fazer com que menos carros peguem as estradas fazendo com que os engarrafamentos rumo a capital diminuam.
Integrantes das indústrias que fabricam trens estão otimistas com os planos de retomada do transporte de passageiros em Campinas. Eles lembrar que a região já foi um importante polo ferroviário e conta com uma malha pronta para atender a demanda pelo modal.
Para Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), a iniciativa tende a reparar um erro histórico que descontinou os trens para privilegiar o tranposrte rodoviário.
Ele explica que no trajeto de Campinas até São Paulo o transporte rodoviário tem vantagem até a chegada a região metropolitana. Porém, os carros tendem a ficar engarrafados nas marginais e os trens seguem direto até as estações.
José Alberto Panzan, presidente do Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transportes e Cargas de Campinas e Região), também acredita que a iniciativa será benéfica. Ele diz que isso vai ajudar no deslocamento e mobilidade das pessoas tirando veículos da rodovia no trecho.
Na semana passada deputados estaduais aprovaram projeto de lei que autoriza o Estado a contrair um empréstimo de até R$ 6,5 bilhões junto a instituições financeiras e, assim, financiar parte das obras de construção do trecho ligando a atual linha férrea até a cidade de Campinas. O mesmo plano do Executivo prevê, também, a ampliação e a modernização da atual Linha 7-Rubi, que hoje liga a Capital a Jundiaí.
