O Ministério Público do Trabalho enviou um ofício à prefeitura de Nova Odessa após denúncias de que o aparelho de raio-x da Unidade de Pronto Atendimento da cidade, que fica no Jardim Alvorada, está em uma sala ‘vedado’ com papelão.
O MPT deu prazo de 15 dias, contados a partir da sexta-feira passada, para Administração Municipal comprovar que segue normas e recomendações legais de uso do equipamento, bem como orientações a servidores.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa, autor das denúncias e pedido de esclarecimentos à secretaria de Saúde da cidade, afirma ainda que a sala onde são feitos os procedimentos foi vedada com placas de papelão em 28 de junho.
Entre os questionamentos feitos pelo MPT, estão se houve a instalação de aparelho móvel de raio-X na UPA; se as instalações onde o equipamento está obedecem às regras específicas para operação e se os funcionários foram treinados para isso.
O prédio que recebeu o aparelho portátil de raio-x já funcionou como Unidade Básica de Saúde para onde eram direcionados pacientes durante a pandemia de covid-19. Com a queda do número de casos, foi transformado em Pronto Atendimento.
Segundo o sindicato dos funcionários públicos, a sala não foi preparada para receber o aparelho portátil de raio-X.
A Secretaria de Saúde de Nova Odessa explicou que toda a situação foi causada porque o aparelho é, na verdade, um igual usado pelos dentistas, que não precisa ter uma sala blindada contra radiação.
Em nota, a Secretaria de Saúde assegurou “total adequação da situação” e que se trata de um “mal-entendido, na verdade”.
Diz a prefeitura que o equipamento está cumprindo ‘positivamente a função’, permitindo que os diagnósticos possam ser feitos no espaço, sem necessidade de transferência de pacientes.