A saúde é sempre uma das áreas que mais demanda atenção do poder público, apesar de, em Campinas, a situação estar, aparentemente, mais sob controle do que em períodos críticos. Não levando em conta, claro, que estamos no inverno, onde há um aumento natural na procura por atendimentos médicos.
Muitas coisas aconteceram aqui na cidade nesses últimos meses.
A inauguração do Hospital Mário Gattinho, promessa de campanha de Dário Saadi, quase não aconteceu. A pandemia fez com que o espaço fosse transformado em um hospital de campanha. A covid-19 arrefeceu, o hospital foi desmobilizado, e as promessas de inauguração da unidade infantil seguiam até dezembro, quando a unidade finalmente abriu as portas, ainda que não 100%. Os leitos de UTI só foram oficialmente abertos em 20 de abril.
Enquanto isso, a reforma no prédio principal do Mário Gatti continua. A antiga escadaria vai desaparecer, e o espaço de espera que existia agora será um novo local de atendimento do pronto-socorro adulto.
A baixa adesão nas campanhas de vacinação tem preocupado a prefeitura. Mas, a bem da verdade, é que não apenas o poder público deveria ter essa preocupação. Afinal, estamos falando da nossa saúde. Até o começo deste mês, apenas 8,6% dos bebês entre zero e quatro anos foram imunizados contra a covid-19, por exemplo. O reforço com a bivalente para a população a partir de 18 anos não chegou a 20%.
A dose contra a gripe, então, também preocupa. As crianças e grávidas não estão procurando as vacinas, que estão disponíveis gratuitamente, sem necessidade de agendamento, nos 66 Centros de Saúde. A coordenadora do programa de imunização de Campinas, Chaula Vizelli, lembrou, em várias entrevistas aqui na CBN Campinas, da importância de se imunizar.
O último ano foi marcado pela ‘terceirização’, ainda que a prefeitura não goste que esse termo seja usado, das áreas de recursos humanos das Unidades de Pronto Atendimento. O teste foi feito no Campo Grande há mais tempo, e ganhou corpo com a UPA São José,
A secretaria de Saúde não pretende levar isso para a atenção básica, os centros de saúde. Tudo deve ficar como está mesmo nas UPAs, apesar de ainda nem haver uma definição se isso vai acontecer no Carlos Lourenço.
Meses depois do processo concluído, a avaliação é positiva. O diretor de Urgência e Emergência da Rede Mário Gatti, Steno Pieri, afirma que, além das escalas completas e o fim das faltas de profissionais, também é possível abrir oportunidades para quem está se formando.
A construção de um centro especializado na saúde da mulher, outra promessa de campanha, também está acontecendo, bem ali no quadrilátero do Mário Gatti. A previsão é que a inauguração aconteça no ano que vem, quando a cidade vai completar 250 anos.
Mas, de novo, ainda temos 365 dias pela frente. 365 dias de desafios.