De acordo com o Ministério Público em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (7), em Campinas, três linhas do transporte público alternativo da cidade eram usadas para lavagem de dinheiro pelo tráfico de drogas.
A afirmação veio após policiais militares e membros do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, terem deflagrado a terceira fase da ‘Operação Sumidouro’
O promotor de Justiça Felipe Bertolli explicou que objetivo da operação foi fazer a repressão do crime de lavagem de dinheiro que estaria ocorrendo em três linhas da cooperativa Altercamp.
O foco foi na produção de provas para o aprofundamento das investigações. O dinheiro saia direto do tráfico para o dia a dia dos ônibus. Nesta sexta-feira foi cumprido mandado contra uma contadora que está comprovado que fazia falsificação de rendimentos para os “laranjas”.
Durante a coletiva os promotores afirmaram que o crime contra a sociedade acontecia duplamente. Isso porque o subsídio pago pela prefeitura ao sistema também era recebido por membros da quadrilha que exploravas as linhas de transporte alvos da investigação.
O promotor ainda criticou o sistema de habilitação de linhas do transporte público e disse que há falhas nas análises feitas pela Emdec.
Em nota enviada mais cedo a autarquia afirmou em trecho que “não tinha conhecimento dessa operação do Gaeco e vai acompanhar o desenrolar das investigações para tomar as providências que venham a ser necessárias, em relação aos permissionários que estejam envolvidos, após a conclusão da investigação.”
A Advogada da Altercamp disse em entrevista à EPTV que a cooperativa não é dona dos ônibus e por isso não pode ser responsabilizada. E que está colaborando com as investigações.