Recorde de vendas, fama, assedio da imprensa e dos fãs, alvo de disputa por parte das gravadoras . Nada disso tem qualquer relação com a trajetória de Frank Zappa, mas a ironia e o sarcasmo se justificam na hora de contar um pouco da vida desse cantor, compositor e músico que fugiu do lugar comum, deu novo sentido a palavra independência, e acima de tudo, teve um humor ácido para analisar o comportamento da sociedade americana.
Ele tocava guitarra, mas não era apenas um roqueiro. Da música erudita admirava artistas de vanguarda que estavam longe do estilo tradicional. No rhythm and blues tinha predileção pelo jeito de cantar dos grupos vocais do final dos anos 50. Com isso nenhuma das composições da Frank Zappa se encaixava no gosto da maioria, e pra complicar, suas músicas podiam ter um pouco de tudo isso com um toque de jazz, além de experimentações de áudio feitas em estúdio.
Até dezembro de 1993 quando morreu vítima de uma câncer de próstata, Frank Zappa havia lançado mais de 60 discos , e ele tinha apenas 52 anos. Somente a partir do final dos anos 70 ele assumiu o controle total de sua obra, encerrando assim longas batalhas judiciais com as gravadoras. As capas dos discos de Frank Zappa , são divertidas e anárquicas resumindo bem quem foi esse artista contestador.
Sexo, comportamento dos adolescentes até os hippies. Todos esses temas foram abordados com um tom mordaz característico que desagradava muita gente.
Como não era um grande vendedor de discos, Frank Zappa tratou de fazer muitos shows. E com a rejeição da parte dos Estados Unidos, a Europa foi visitada várias vezes. E dois fatos isolados nessas apresentações quase terminaram em tragédia. Na suíça, uma pessoa da plateia incendiou o cassino ao estourar uma sinalizador em direção ao teto, esse fato inclusive é o tema do clássico Smoking on The Water do grupo Deep Purple. E na Inglaterra, um maluco subiu no palco e jogou o Zappa dentro do fosso. O cantor teve várias fraturas, até a laringe foi afetada e ele ficou meses parado.
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produção
Walmir Bortoletto
edição
Paulo Girardi