O Sistema Cantareira iniciou o período de estiagem, em abril, acima dos 80% de água armazenada. Nessa quinta-feira, 3 de agosto, o sistema apresentava volume operacional de 78,3%, índice que traz tranquilidade à Região Metropolitana de Campinas, que deve atravessar o período sem comprometimento ao abastecimento público. Esta é a primeira vez em 10 anos que a situação ocorre, após sucessivos anos de chuvas abaixo da média. As precipitações do último período chuvoso de 2023 ficaram 35% acima da média histórica, segundo monitoramento do Consórcio PCJ.
Francisco Lahóz, secretário-executivo do Consórcio PCJ, afirma que mais chuvas estão previstas para o segundo semestre, com a ocorrência do El Niño, a partir de setembro.
Com um complexo de cinco reservatórios, o Sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento da Grande São Paulo e das Bacias PCJ, no interior do estado. A previsão de chuvas acima da média para o final de 2023 indica a necessidade de investimentos para armazenamento da água que está por vir com as precipitações.
Em seu último Boletim sobre a Disponibilidade Hídrica nas Bacias PCJ, emitido pelo Consórcio PCJ em julho, a entidade sugere investimentos na implantação de bacias de retenção na área rural, piscinões ecológicos na área urbana e obras de captação e armazenamento de água de chuva para aproveitar as precipitações acima da média que devem ocorrer a partir de setembro.