O Ministério Público de São Paulo estima que o tráfico de drogas pode ter lavado cerca de R$ 2,2 milhões em três linhas do transporte público alternativo de Campinas. Isso seria feito por intermédio de supostos “laranjas” na cooperativa Altercamp.
A quantidade de dinheiro movimentada foi informada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com os promotores, R$ 870 mil teriam sido recebidos pelos criminosos por meio de subsídios pagos pela administração municipal aos “titulares” das linhas operadas para custeio do serviço.
Na última quinta-feira (10) a Emdec anunciou que vai prorrogar por 30 dias a sindicância interna aberta para apurar se houve uma fiscalização mais branda por parte de funcionários da autarquia com relação aos ônibus da Altercamp.
A denúncia foi tornada pública no dia 7 de julho durante a terceira fase da Operação Sumidouro. Em entrevista coletiva os promotores afirmaram que o crime contra a sociedade acontecia duplamente. Isso porque o subsídio pago pela prefeitura ao sistema também era recebido por membros da quadrilha que exploravas as linhas de transporte alvos da investigação.
Os prefixos dos veículos são 093, 095 e 351 e a Emdec explicou que as linhas atendidas são a 249 (Jd. Flamboyant/Parque dos Eucaliptos), 341 (Jd. São Gabriel), 349 (Vila Formosa) e 368 (Jd. Itatiaia).
Em nota a Altercamp afirmou que não faz “tratativas” com organização criminosa alguma e que não tem liberdade e nem poder de polícia para fiscalizar a vida dos permissionários. A cooperativa mantém o posicionamento inicial de que está colaborando com as investigações.