O motorista que passa pela avenida João Jorge, em Campinas, nos horários de pico tem que ter paciência. Nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, quando o fluxo é maior, as reclamações sobre um afunilamento das vias se avolumam.
Este problema se concentra próximo ao acesso ao viaduto Cury, pois três faixas viram duas, mas geralmente só a da direita é utilizada pelos carros, já que a faixa da esquerda no acesso ao viaduto é utilizada pelos ônibus que vem do corredor do BRT.
Gustavo Boreli, técnico em eletrônica, reclama desta situação. Ele cita como sugestão que a prefeitura libere a faixa do BRT para os motoristas no horário de pico. Edimilson Silva, motorista de aplicativo, também se queixa do estrangulamento das faixas.
Outro problema relatado pelos motoristas é com relação aos ônibus que cruzam a João Jorge da faixa da direita para a esquerda. Os pontos de ônibus antigamente ficavam no meio da avenida, na antiga estação de transferência João Jorge. Com o BRT isso acabou. O meio da avenida passou a ser ocupado pela estação do BRT, é utilizada apenas por uma linha só, a BRT 10. Com isso, há duas faixas para o BRT, uma para a parada dos veículos, e outra para eles trafegarem.
Para piorar o caos, com o fim da estação no centro da avenida, as linhas regulares de ônibus passaram a parar no lado direito. Só que após pararem nos pontos, os ônibus cruzam a avenida toda para acessarem a faixa do BRT, já que eles podem circular por ali.
Ao ser questionada a Emdec afirmou por meio de nota que a função das faixas exclusivas é de priorizar o transporte coletivo, agilizando e proporcionando eficiência nos deslocamentos por ônibus.
Disse ainda que a Emdec realiza uma operação de trânsito no local e orienta que os motoristas utilizem rotas alternativas, principalmente nos horários de pico da manhã e meio do dia.
Sobre as linhas que cruzam a avenida fazendo um “X”, da direita para a esquerda, elas têm origem do eixo da rodovia Santos Dumont (SP-75). São veículos com porta à direita, que realizam desembarque / embarque pelo lado direito do veículo. Tal situação será resolvida com os novos contratos de concessão.