A Justiça manteve a prisão por tempo indeterminado de três guardas civis investigados por tortura, cárcere e denunciação caluniosa em Mogi Mirim. A decisão saiu após audiência de custódia.
Eles foram presos durante uma operação do Ministério Público, comandada pelo promotor Gaspar Pereira da Silva Junior. Eles são investigados por tortura, cárcere privado e denunciação caluniosa.
Durante a operação, nada de ilícito foi encontrado. Seguindo a determinação do MP, os policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) apreenderam uma pistola 9 milímetros e munições que estavam na casa de um dos guardas.
Questionado sobre as investigações, o Ministério Público informou apenas que o processo corre em segredo de Justiça e não divulgou detalhes.
A defesa de um dos guardas, que tem 43 anos e 23 de corporação, informou que ele não praticou nenhum delito.
Os advogados que representam outro guarda, de 45 anos e 15 de serviço público, consideram a prisão arbitrária e ilegal, e que a ação aconteceu por causa de uma retaliação pessoal.
Finalmente, a defesa do terceiro guarda, de 40 anos, informou que os fatos não aconteceram da forma exposta, e que a inocência do cliente será devidamente comprovada e fatos esclarecidos.
A prefeitura de Mogi Mirim também rebate a denúncia do Ministério Público, dizendo que os guardas não praticaram os crimes que estão sendo acusados, e que está adotando medidas jurídicas para esclarecer o caso.