Será construído em Campinas o primeiro laboratório de biossegurança máxima do Brasil. A estrutura será usada para a identificação de possíveis vírus e assim evitar futuras pandemias.
O Órion será um laboratório de máxima contenção biológica (NB4). O primeiro deste nível no Brasil e será construído ao lado do Sírius, o complexo científico de luz síncrotron, em Campinas. Será a primeira vez que as duas estruturas estarão conectadas.
O complexo laboratorial vai permitir que sejam produzidos estudos com patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade chamadas de classe 3 e 4. Atualmente não existe estrutura semelhante na América Latina.
Após a pandemia de Covid-19, essa necessidade ficou ainda mais latente, como explica em entrevista à EPTV, Antônio José Roque da Silvam diretor-geral do CNPEM, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.
Possuir um laboratório de biossegurança máxima (NB4) oferece condições ao país de monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.
No caso do Brasil, o laboratório de biossegurança máxima terá acesso exclusivo a três estações de pesquisa do Sirius, algo inédito no mundo, como explica Jerry West Junior, diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
O complexo laboratorial foi incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) lançado recentemente pelo Governo Federal. Ele terá cerca de 20 mil metros quadrados e sua construção está prevista para ser concluída até 2026.