Campinas é uma das três cidades que passam a contar com o projeto “Abrigo Amigo”, que promove uma companhia remota a quem estiver aguardando o ônibus à noite. O objetivo é aumentar a segurança, especialmente mulheres e pessoas que se sentem vulneráveis ao utilizar as paradas de ônibus desacompanhadas no período entre 20h e 5h.
Funciona da seguinte maneira: Enquanto aguarda o ônibus, a pessoa ativa uma chamada de vídeo no totem utilizado para publicidade, que fica ao lado do abrigo para passageiros. Depois, o usuário é conectado a um atendente em uma central de atendimento. O atendente poderá permanecer conversando com a pesso até a chegada do ônibus. Segundo o presidente da Emdec, Vinicius Riverete, o sistema já ajudou a evitar um possível assalto em São Paulo. “Ela além de conversar, ela pode acionar as forças de segurança, em São Paulo, na semana passada, as 3h da manhã, foi acionado o atendente e chegaram três pessoas pra possivelmente fazer um assalto, e quando a atendente percebeu ela falou ó essa conversa está sendo gravada, filmada, e isso provavelmente inibiu ali a ação das dessas três pessoas, eu acho que é uma iniciativa positiva”.
A tecnologia foi instalado em um abrigo da avenida Francisco Glicério, em frente ao 6º Cartório de Notas, e próximo ao Largo do Pará, onde há alta demanda de usuários, segundo a Emdec. “Eu acho que é muito importante frisar que são 100 locais em todo o Brasil, sendo 70 em São Paulo, 10 no Rio de Janeiro e em Campinas são 20, ou seja, nós temos mais do que no Rio de Janeiro, pra você ver que a proporção é muito positiva. E a ideia é cada vez mais usar a tecnologia pra ampliar a segurança das pessoas, principalmente as mais vulneráveis”, destaca Riverete.
Os 20 pontos deverão estar instalados, segundo a Emdec, em até 90 dias. Os locais serão definidos com base nas informações coletadas, como a demanda para chamadas, por exemplo. Os locais de instalação poderão ser reavaliados de acordo com a utilização apresentada. Podem receber o a iniciativa os abrigos no padrão “Glicério”, conforme a concessão dos abrigos firmada em 2018.
Segundo a Prefeitura, a adaptação dos abrigos não envolve recursos municipais, e o projeto está sendo custeado por empresas patrocinadoras, por meio da venda do espaço publicitário por um período de 12 meses.