O Governador de São Paulo Tarcísio Freitas sancionou nesta quarta-feira (13) a lei estadual que obriga bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e estabelecimentos similares, a servir, de forma gratuita, água potável filtrada à vontade aos clientes.
Em Campinas, muitos comerciantes do setor não sabem da mudança, e por isso, não se adaptaram à nova regra ainda. Vanessa Cabral, dona de uma doceria na região central, afirma que a loja ainda não tem água filtrada para oferecer aos clientes, e que essa será uma despesa a mais para a empresa.
Luís Hashimoto, proprietário de um restaurante que oferece pratos executivos no Centro de Campinas, afirma que o estabelecimento já possui água potável para o preparo dos alimentos, mas teria que investir em refrigeração para oferecer água mais fresca aos clientes. Ele também acredita que o impacto financeiro vai depender da adesão dos clientes à nova regra. O restaurante vende a garrafinha de 500 ml de água mineral por R$ 2,50, e o proprietário acredita que a venda deve cair com a nova regra.
Mas o setor tenta, sim, reverter essa obrigatoriedade. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas, que representa associados em mais de 40 municípios do interior paulista, não é contra oferecer água aos clientes, mas sim contra a imposição da lei estadual. Matheus Mason, presidente regional da entidade, fala da possibilidade de uma ação judicial pedindo a ilegalidade da lei. Mason também cita a despesa extra para o setor, que ainda sofre os prejuízos causados pela pandemia.
A lei, do deputado estadual Átila Jacomussi (Solidariedade), foi aprovada pelos na Assembleia Legislativa de São Paulo no final de agosto, e afirma ainda que os estabelecimentos devem deixar visível, seja no cardápio ou em cartazes, que a água potável está disponível.