Um comitê de orientação e prevenção contra a violência praticada contra os servidores públicos da área da saúde foi criado em Campinas nesta terça-feira, 10.
A ideia de criar o grupo partiu de uma sondagem feita pelo conselho de enfermagem de São Paulo (Coren). Nesse levantamento foram coletadas mais de 2 mil respostas em todo o estado. Desse total, 67 foram em Campinas.
Dessa parcela, mais da metade, 51%, afirmam terem sido agredidos mais de uma vez, 37% sofrem agressões frequentemente e 12% já sofreram pelo menos uma vez. Na maioria das vezes essas agressões foram cometidas por pacientes e por familiares. E o motivo normalmente envolve a falta de estrutura e a demora no atendimento.
De acordo com o prefeito de Campinas, Dário Saadi, além de ser um novo método de acabar com a impunidade, o comitê é um incentivo para que o poder público melhore o serviço oferecido nas unidades de saúde.
Outro problema é a falta de denúncias realizadas pelos profissionais. Apenas 27% dos entrevistados prestaram queixas, já que grande parte não se sente apoiado pela administração ou até mesmo tem medo de perder o emprego.
Mais de 86% dos entrevistados sofreram violência verbal e 85% psicológica. Agressão física foram 17,9% e sexual, 6%.