Foi encerrada nesta sexta-feira (20) a greve de estudantes na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), após 17 dias de paralisação. A informação foi divulgada pela própria universidade, que afirmou que em encontro realizado nesta com integrantes da comissão de negociação constituída pela Reitoria, representantes do movimento estudantil aceitaram as propostas da administração sobre as reivindicações.
Os representantes discentes, autorizados por decisão de assembleia geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), decidiram pelo fim da greve e se comprometeram a desocupar o prédio do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) ao longo do final de semana, segundo a Unicamp. “A partir da concordância mútua, foram elaborados ajustes, estabelecidos prazos e formadas comissões de acompanhamento para cada item da pauta”, informou a Unicamp.
“Um comunicado sobre as iniciativas que serão tomadas, a partir da negociação, será enviado ao conjunto da comunidade acadêmica. A Reitoria reitera seu compromisso com o diálogo, com a democracia e com a busca por uma universidade plural e inclusiva”, afirmou, em nota, a universidade.
VIOLÊNCIA
No dia 3 de outubro, trabalhadores e estudantes da Unicamp fizeram um ato em protesto contra a privatização de órgãos estaduais e a precarização das instituições públicas de ensino.
Na mesma manhã, um professor da Unicamp mostrou uma faca para um aluno durante uma confusão. O estudante afirma que o docente o agrediu e tentou esfaqueá-lo durante uma manifestação. Já o professor Rafael de Freitas Leão alega que agiu em legítima defesa.
O professor foi afastado durante o segundo semestre desse ano pelo Conselho Interdepartamental do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC). Na ocasião, o órgão disse que lamenta e repudia os atos de violência praticados pelo docente.