‘Deep fakes’: Unicamp debate impactos da inteligência artificial no jornalismo

O fórum, no Centro de Convenções da Unicamp, reuniu profissionais de diversas áreas nesta terça-feira (24) para discutir os impactos da inteligência artificial na produção de conteúdo educativo, jornalístico ou científico. O professor da Universidade Federal do ABC e engenheiro de dados, André Kazuo Takahata, explica o que e quais são os chamados ‘Algoritmos da Desinformação’, que impulsionam a disseminação de notícias falsas, como as deep fakes.

A tecnologia usada é “alimentada” por um grande conjunto de dados e imagens para criar imagens de eventos falsos, segundo a professora da PUC-SP, Dra. Lúcia Santaella.

A deep fake também pode pode ser usada para criar vídeos divertidos e até recriar cenas de filmes, mas, ao mesmo tempo, tem levantado preocupações devido à sua capacidade de criar conteúdos adulterados muito próximos da realidade. Um exemplo recente é o comercial de TV em que a cantora Elis Regina, morta há 41 anos, apareceu um dueto com a filha, Maria Rita. O Conar, Conselho Nacional Auto Regulamentação Publicitária, chegou a abrir uma representação contra a campanha. Segundo a especialista, os efeitos positivos e negativos da tecnologia encontram seus limites nas questões éticas.

Em tempos de deep fakes, buscar fontes confiáveis é a principal dica dos profissionais para evitar a desinformação. O debate foi promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp.

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