Um casal campineiro, alvo da operação Lavaggio IV da Polícia Federal, que busca colher provas de crimes de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, mora em Portugal e agencia jogadores de futebol.
Segundo as investigações, os dois mantinham uma estreita ligação com o principal investigado e movimentaram milhões de reais a pedido dele. De acordo com o delegado da PF, Edson de Souza, a empresa de agenciamento de jogadores de futebol que está no nome de ambos também é alvo de um mandado.
O investigado central é Roberley Eloy Delgado, que está preso em razão de duas decisões. Ele foi sentenciado a 20 anos pela Operação AKE e a 112 pela Lavaggio III. Agora as investigações estão centradas no círculo financeiro desse alvo, que é denunciado pela operação logística do tráfico.
Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, além desses outros três na cidade de Maia, em Portugal.
O objetivo é apurar o envolvimento de uma organização criminosa que atuava a partir dos Aeroportos Internacionais de Viracopos, em Campinas, e de Guarulhos para o envio das substâncias à Europa
Além dos mandados, no total, 16 pessoas são investigadas — sendo 11 físicas e cinco jurídicas. As investigações apontam que elas movimentaram mais de R$ 100 milhões, mas a PF ainda vai apurar detalhamento o que ocorreu de forma lícita ou ilícita.
Segundo o delegado, a Polícia Federal havia entendido que os casos deveriam ser tratados como mandado de prisão, porém, por conta da contemporaneidade dos fatos, já que os crimes investigados aconteceram entre 2017 e 2020, foram cumpridos apenas mandados de busca e apreensão.
Além dos mandados, a polícia também apreendeu cinco veículos e solicitou o bloqueio de bens e valores encontrados nos nomes dos investigados.
Essa é a sétima fase da Operação Overload, deflagrada em outubro de 2020. Na época, 32 pessoas foram presas temporariamente. Houve também a apreensão de veículos e R$ 3 milhões.