Agenciador de jogadores de futebol, Evandro Lopes da Silva foi alvo de uma operação da Polícia Federal, na cidade de Maia, em Portugal. A ação investiga a movimentação de milhões de reais de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas.
Numa rede social, Evandro se apresenta como agenciador de futebol da empresa E.S Sports e posta regularmente fotos com jogadores brasileiros que ele levou para atuar em times da elite do campeonato português, como FC Vizela e Chaves.
Os policiais portugueses e brasileiros cumpriram três mandados de busca e apreensão em um endereço de Evandro e da esposa em Portugal. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens do casal no Brasil.
Segundo o delegado da Polícia Federal de Campinas, Edson de Souza, Evandro era parceiro frequente de Roberley Eloy Delgado na ocultação de dinheiro do tráfico internacional de drogas.
Roberley, que já está preso em razão de duas decisões, tendo sido sentenciado a 20 anos pela Operação AKE e a 112 pela Lavaggio III, é o investigado central. Ele foi condenado por chefiar a quadrilha de tráfico de drogas a partir dos aeroportos de Guarulhos e de Viracopos, em Campinas.
De acordo com informações do portal g1, os investigadores conseguiram rastrear movimentações financeiras e conversas entre Evandro Silva e Roberley. E a partir disso, descobriram que o agenciador atuava diretamente na negociação para esconder a origem ilegal dos valores do tráfico.
A PF também apurou que Evandro enviou da Europa para o Brasil altos valores que terminaram em contas relacionadas a Roberley. Além de ter encontrado movimentações financeiras da esposa de Evandro incompatíveis com a renda declarada à Receita Federal.
O casal foi alvo da Operação Lavaggio IV, da Polícia Federal de Campinas, que buscava colher provas para integrar o inquérito contra os operadores financeiros da quadrilha de tráfico internacional de drogas
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. Além desses três na cidade de Maia, em Portugal, os outros 10 foram em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. As apurações apontam que todos os investigados podem ter movimentado mais de R$ 100 milhões.