O empreendedorismo periférico, segundo o Sebrae, tem dois lados. Um, formado por empreendedores da própria comunidade, com a necessidade de garantir o sustento. O outro, ligado a projetos que, essencialmente, geram impacto positivo. Ou seja, em que as melhorias se transformam em emprego, renda e oferta de atividades esportivas, educativas e profissionalizantes, preservação ambiental, empoderamento, educação de jovens e adultos, valorização cultural.
É deste lado que o coletivo “Capoeira para Todes” está inserido em Campinas. A capoeira é a mais conhecida, claro, mas existe uma outra modalidade: vogue.
O esforço pela transformação está gerando resultados. O grupo de Campinas se apresenta em espaços privados e públicos em todo Brasil. Já fez apresentações em várias regiões da América do Sul e em outros países.
Mesmo com o crescimento do coletivo e a visibilidade, os integrantes ainda continuam enfrentando dificuldades: especialmente o preconceito.
A diretora da Transcedemos, uma consultoria que tem como principal objetivo ajudar outras organizações a se tornarem mais inclusivas, Gabriela Augusto, viveu as dificuldades do empreendedorismo e agora ajuda nesse processo de inclusão.
Os desafios são imensos. Na prática, todos consideram que tudo isso só vai acabar quando o preconceito acabar. E, para isso, é necessário muito conhecimento. Ou até mais que isso: a troca de conhecimento.
*Por Wesley Justino