O primeiro mutirão de 2024 para combater criadouros do mosquito transmissor da dengue em Campinas foi marcado pelo grande número de moradores que não permitiram que os agentes de saúde vistoriassem as casas, o que dificultou o trabalho das equipes. O índice de pendência está estimado em 50%. O balanço completo, incluindo índice exato de recusa dos moradores, será divulgado nesta segunda-feira (8).
A ação ocorreu na manhã deste sábado (6) em sete bairros da região Sudoeste: Jardim Santo Antônio, DICs 3, 4 e 5, além de trechos dos bairros DIC 6, Jardim Rosalina e Jardim Santos Dumont. A agente de saúde Viviane Viana, que participou do mutirão, afirma que percebeu a presença dos moradores nas residências, mas muitos se negaram a atender as equipes.
A Secretaria de Saúde informou que avalia até retornar aos bairros que receberam o mutirão neste sábado (6), e ao Jardim Eulina, para novas ações de prevenção e combate à dengue, conforme análises e acompanhamento dos casos suspeitos e confirmados. A meta era entrar em 4 mil imóveis distribuídos em 120 quarteirões. A mobilização reuniu pelo menos 100 agentes da Secretaria de Saúde.
Em entrevista à CBN neste sábado (6), a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Daiane Morato, afirmou que a taxa de ‘pendências’ durante as visitas preocupa às autoridades de saúde. Em 2023, metade dos espaços visitados estava inacessível.
As recusas ocorrem mesmo com a metrópole em alerta para a possibilidade de um aumento expressivo dos casos de dengue. Um boletim divulgado pela Secretaria da Saúde na última semana colocou nove bairros em situação de alerta para a doença. O prefeito de Campinas, Dário Saadi, fez um apelo para que todos os moradores colaborem durante os mutirões.
O morador que tiver qualquer dúvida sobre a presença do agente de combate à dengue pode ligar para o telefone 199 da Defesa Civil. Já durante a semana, quando ocorrem visitas sistemáticas dos agentes de saúde, a consulta pode ser feita pelo telefone 156.
De acordo com a prefeitura, mutirões semelhantes serão realizados em outras regiões da cidade a cada 15 dias. O próximo ocorrerá em 20 de janeiro, em bairros que ainda serão definidos pela Saúde.