Nas ruas de Campinas a popularidade do PIX sobre o DOC é esmagadora. Muita gente nem percebeu que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) encerrou nesta segunda (15) a realização de transferências via Documento de Ordem de Crédito.
O DOC foi criado pelos bancos e lançado em 1985, mas passou a cair em desuso desde o lançamento do PIX em novembro de 2020.
De acordo com a instituição, o DOC foi a sétima forma de pagamento mais utilizada pela população no ano passado. Perdeu para o PIX, cartão de crédito, cartão de débito, boleto, TED (Transferência Eletrônica Direta) e Cheque.
O aposentado Edmilson Ramos nunca gostou muito do PIX. Ele acredita que o fim do DOC pode propiciar o aumento dos golpes.
A atendente Maria Luiza Gonçalves tem 19 anos, nasceu em 2004 e nunca fez um único DOC. Ela também nunca viu um talão de cheques. A Maria Luiza é quase uma nativa digital e usa o PIX desde que completou a maioridade.
E olha nem todo mundo que não é nativo digital resistiu ao PIX. O aposentado José Antônio tem 72 anos e conta que se adaptou muito bem a tecnologia.
Uma dúvida dos clientes agora é com relação ao limite de transações com o PIX já que o DOC era utilizado para valores altos. De acordo com o Banco Central, o limite original de transações via PIX no dia é de R$ 1.000, porém, os bancos tem liberdade pra aumentar esse valor. Ele pode ser alterado obedecendo, por exemplo, o histórico usado no cartão de débito pelo cliente.
Os pedidos para redução do limite devem ser aprovados imediatamente pelos bancos, já as solicitações para aumento de limite devem ser analisadas dentro de 48 horas.
Além do DOC, as instituições também deixarão de oferecer a Transferência Especial de Crédito (TEC), que era feita exclusivamente por empresas para o pagamento de benefícios a funcionários. Não confundir com a TED (Transferência Eletrônica Direta) que continua ativa.