Quadrilha que desviava remédios contra o câncer ostentava luxo nas redes sociais

Reprodução/ EPTV

A Polícia Civil apresentou mais detalhes sobre a quadrilha que furtou R$ 1,1 milhão em remédios contra o câncer da sede do Departamento Regional de Saúde de Campinas no final do ano passado.

Segundo as investigações, o bando desviava medicamentos há pelo menos um ano e contava com a participação de um servidor público que trabalhava na farmácia judicial. Segundo a polícia a quadrilha era composta por José Carlos dos Santos, funcionário público, pela esposa dele Maria do Socorro, Gabriella Carvalho, enteada de José Carlos e Michel Carvalho, marido de Gabriela e genro do servidor público, apontado como cabeça da organização. Além de Juliana Ritter, suspeita de atuar na receptação dos medicamentos no Espírito Santo.

O delegado Elton Costa diz que José Carlos estava na delegacia quando os policiais chegaram e que na casa da enteada dele foram encontrados medicamentos.

Imagens obtidas com exclusividade pelo Fantástico mostram Gabriela e o marido despachando os medicamentos furtados pelo padrasto dela.

A família mudou o padrão de vida e passou a esbanjar e postar fotos de viagens em cenários paradisíacos e também usando carros de luxo. José Carlos, a mulher dele e Gabriela Carvalho foram presos. Michael não foi encontrado pela polícia. Conversas descobertas entre Michael e os parentes mostram como os pedidos eram feitos.

Segundo a polícia, os comprados dos remédios desviados eram Gleidson Lopes e Juliana Ritter. Eles dirigem uma ONG de apoio a pessoas com dificuldade de locomoção em Serra (ES). Juliana ainda é assessora parlamentar e dona de uma empresa de produtos hospitalares.

O advogado do casal que comprava os remédios no Espírito Santo disse que a mulher não participou dos negócios e que o marido não sabia que os medicamentos eram furtados A Secretaria de Saúde de São Paulo disse que suspendeu o pagamento de José Carlos e que o Departamento Regional de Saúde de Campinas mudou os protocolos de segurança e acesso e abriu processo pra repor os estoques.

A defesa de José Carlos, da esposa e da enteada reconheceu a culpa deles no furto de outros medicamentos, mas não dos de combate ao câncer. A defesa de Michael não foi localizada.

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