Das 100 cidades mais populosas do Brasil, Campinas é a oitava com melhor média no quesito perda de água, de acordo com um estudo do Instituto Trata Brasil. O índice de desperdício do município é de 20%, metade da média nacional, que é 40%.
A troca das redes de água é uma das principais ações realizadas para tentar evitar a perda de água. Em Campinas, desde 2021, já foram trocados 350 quilômetros. Até o final de 2024, a Sanasa deve completar 450 quilômetros, o que equivale a quase 10% da rede da cidade.
O presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães, explica que, desde 1994, mesmo com um aumento de quase 50% da população, Campinas diminuiu a perda de água na cidade.
O número de rompimentos de rede diminuiu cerca de 25% em cinco anos. Segundo o presidente, o objetivo é fazer com que a ação continue até 2030.
O município é um dos poucos que cumprem a Portaria nº 490/2021, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que estabelece a meta de 25% como limite para o índice de perdas na distribuição para 2034.
Além de índice de perdas por ligação de 153,6 litros. Valor esse 28,89% abaixo ao estabelecido pelo documento federal, que é de 216 litros.
Apesar de Campinas estar sendo um exemplo de referência nacional em redução de perdas de água, o Brasil ainda sofre com esse problema.
O País registrou aumento do desperdício de água potável pelo sexto ano seguido. De acordo com o documento, as perdas, que em 2015 eram de 36,7%, passaram para 40,3%, em 2021.
Isso significa que, a cada 100 litros de água tratada para atender a população das cidades, 40 litros se perderão por conta de vazamentos nas redes, fraudes, “gatos”, erros de leitura dos hidrômetros e outros problemas.