Mais da metade dos imóveis da região da Vila Castelo Branco não foram vistoriados no mutirão contra a dengue, realizado pela Prefeitura no último sábado (3), em Campinas. O balanço do quarto mutirão do ano revelou que 55% das casas visitadas pelos agentes não receberam a ação porque estavam trancadas, desocupadas, ou porque os moradores não deixaram as equipes da Saúde entrar.
O coordenador do Programa de Arboviroses, Fausto de Almeida Marinho Neto, explicou à CBN Campinas que antes do mutirão, um trabalho extra foi realizado na quarta e na quinta passadas. O alto número de casas fechadas motivou o retorno no fim de semana.
Para os moradores que temem a entrada das equipes por golpes ou fraudes, a orientação é observar os uniformes dos agentes, ou até mesmo entrar em contato com a Prefeitura. Em imóveis desocupados, a Prefeitura de Campinas conseguiu uma liminar para adentrar os locais, com o auxílio de chaveiros, e usa drones para identificar os criadouros.
Já nas grandes áreas de transmissão, como Vila União, Ipaussurama e bairros das redondezas, a Saúde iniciou as ações de nebulização, que são eficazes para matar o mosquito adulto, mas não combatem os criadouros do aedes aegypti.
Segundo o coordenador do Programa de Arboviroses, Campinas tem 43 áreas de transmissão da dengue. Além disso, 20 bairros estão no alerta desta semana para o alto risco de transmissão da doença. Na última semana, a Saúde também realizou duas ações de coleta em campo para a análise do índice larvário, que vai revelar qual o nível de infestação do mosquisto transmissor da dengue na cidade.
Campinas tem 1.949 casos confirmados de dengue desde o início de 2024, segundo última atualização do Painel de Arboviroses, que monitora os dados na cidade.