Moradores relatam uma infestação de caramujos africanos no Distrito de Barão Geraldo, em Campinas, nos quintais das residências e áreas verdes. Andreia Marques encontrou vários desses animais na casa dela. Assustada, tentou contato com a Prefeitura via 156 e também pelos telefones da Vigilância Sanitária, e ainda não conseguiu fazer a denúncia ou receber instruções. Ela está preocupada, e reclama da falta de orientações e de acesso aos canais da Prefeitura.
O caramujo africano é um molusco que se prolifera intensamente nas épocas de chuva. Também conhecido como “caracol-gigante”, é nativo da África e foi introduzido ilegalmente no Brasil nos anos 80, como alternativa ao escargot.
Suzane Rizzo, médica veterinária e coordenadora do curso de medicina veterinária da UNISUAM, alerta que o molusco participa do ciclo de transmissão de um tipo de meningite, e pode causar outras doenças. E o que fazer ao se deparar com um caramujo africano em casa? A médica veterinária explica como agir. É importante também fazer o descarte correto dos moluscos, e não jogar os animais vivos no lixo.
A reportagem da CBN também entrou em contato com a Prefeitura de Campinas, que informou que solicitações referentes à infestação dos caramujos africanos devem ser feitas pelo telefone 156. O departamento responsável avalia a denúncia, e se necessário, realiza uma vistoria no local.
Aos moradores, as medidas de controle sugeridas pela Prefeitura são recolher os caramujos, com luva e pá, todos os dias pela manhã, colocá-los num balde com salmoura e, no dia seguinte, enterrá-los. Também controlar a vegetação, como folhagens, gramas e capins, de maneira que o sol atinja o terreno.
Outra orientação é usar armadilhas para atrair os caramujos, no local mais sombreado e úmido do imóvel. Elas podem ser feitas com um saco de estopa ou pano. O material deve ser molhado com cerveja uma vez por semana e preenchido com cascas de frutas. Os caramujos são atraídos por esse tipo de alimento, o que facilita a captura.