O setor de panificação enfrenta dificuldades para preencher as vagas de trabalho abertas. Segundo representantes do setor, a rotina da profissão pode não ser atrativa para a nova geração.
Levantamento feito pelo Sampapão, entidade que reúne os sindicatos e associações de padarias e confeitarias de São Paulo, mostra que existem atualmente duas mil vagas de emprego abertas no setor de panificação na região de Campinas.
São oportunidades pra padeiro, confeiteiro, atendente. É a maior defasagem até hoje. Quando os números começaram a ser compilados a média era de 200 profissionais. São trabalhadores como o padeiro Emerson Costa. Com uma rotina apertada, ele começou numa padaria em São Paulo aos 13 anos de idade.
A falta de interesse na área é, sobretudo, entre os jovens e é causada por vários motivos. Entre eles: Jornadas de trabalho em horários considerados ruins e trabalho todos os dias da semana, incluindo sábados e domingos e feriados.
Pra tentar contornar a situação, as empresas têm apostado em contratar profissionais mesmo sem experiência, mas que estejam dispostos a crescer na área. Foi o que fez a empresária Auriane Maciel.
A padeira Elisangela Brito trabalha no supermercado da Auriane. Ela começou como atendente e atualmente é a chefe da padaria.
O presidente do Sindicato da Indústria e Panificação de Campinas, Antônio Lourenço diz que o piso do profissional da panificação gira em torno de R$ 1.860, mas que o trabalhador costuma ganhar acima disso.
Para tentar formar mão de obra qualificada a entidade vai oferecer um curso de panificação em parceria com o SENAI. É de graça e mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 99926-0649.