A superlotação está afetando 7 das 11 unidades prisionais na região de Campinas. O número chega a até 175% da capacidade, conforme levantamento da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.
A maior taxa de ocupação é no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Hortolândia, com 1.969 detentos para 1.125 vagas. Ou seja, 844 além da capacidade.
Também em Hortolândia, a Penitenciária III registra159,2% de ocupação, com 1.115 presos para as 700 vagas disponíveis.
O cenário é o mesmo no Centro de Detenção Provisória de Americana (CDP), com 979 presos para 640 vagas, representando uma ocupação de 152,9%.
O especialista em segurança pública, Marco Aurélio Gritti aponta o sistema prisional varia em números populacionais e, ainda, que a alta, é esperada. Ele ainda diz que grande parte dos presos é reincidente, o que auxilia no aumento da taxa de ocupação.
As unidades com menor taxa de ocupação incluem a Penitenciária Feminina de Campinas, com 60,4%; a Penitenciária II de Hortolândia, com 64,6%; o Centro de Ressocialização (CR) de Sumaré, com 68,1%; e a Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, com 84,4%.
Sobre a superlotação, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que os presídios da região operam abaixo da média estipulada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que, segundo eles, estabeleceu como aceitável a sobrepopulação de até 37,5%.
A nota ainda informou que “no Estado de São Paulo, estão previstas as entregas de mais dois novos presídios ainda neste ano, gerando mais 1.646 vagas. O Governo de São Paulo também incentiva a adoção de penas alternativas pelo Poder Judiciário. A pasta está permanentemente aberta ao diálogo com a sociedade civil para aprimoramento do sistema carcerário”