Moradores de Campinas e região aguardam a implantação de marginais ao longo da Rodovia Santos Dumont (SP-075), que ajudariam a reduzir o tráfego intenso e evitariam os congestionamentos constantes na via.
Além de ser a principal rota dos passageiros que embarcam e desembarcam no Aeroporto de Viracopos, a rodovia é bastante utilizada por motoristas que se deslocam entre bairros de Campinas, especialmente na região do São José e Parque Oziel, e atende ainda moradores de outras cidades, como Indaiatuba.
Em maio de 2018, o Governo do Estado decretou de utilidade pública uma área de aproximadamente 29 mil metros quadrados para a implantação das marginais. Seriam pouco mais de 7 km de marginais no trecho entre as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, em Campinas.
Na época, a Artesp chegou a informar que as obras começariam em 2017, mas o projeto nunca saiu do papel. A reportagem da CBN Campinas apurou que o impasse ocorre pois a concessionária que administra a Santos Dumont seria responsável pelos custos de desapropriação, entre os km 70 e 77. A construção, porém, não estava prevista no contrato de concessão da rodovia.
Enquanto isso, quem utiliza o trecho urbano da rodovia enfrenta problemas. O frentista Adriano Garcia do Amaral trabalha em um posto de combustíveis no cruzamento das avenidas Ricardo Bassoli e Ana Maria Beatriz Bierrenbach, às margens da rodovia. Segundo ele, faltam iluminação adequada e fiscalização de trânsito no local.
Já outro condutor que preferiu não ser identificado passa diariamente pela Santos Dumont, mas acha que as marginais só vão aliviar o trânsito se atenderem pontos de gargalo, como o acesso pela Avenida Prestes Maia.
O projeto original, feito há quase seis anos, prevê que a marginal ligue a alça de acesso para a Rodovia dos Bandeirantes à Avenida Prestes Maia, também com acessos entre bairros da região do Distrito do Ouro Verde.
Em nota, a ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo -informou à CBN Campinas que acompanha o andamento do projeto executivo das marginais da Rodovia Santos Dumont (SP-075). O processo está em fase de análise para reequilíbrio econômico-financeiro, o que permitirá à concessionária submeter os projetos para a obra, enquanto a ARTESP supervisionará todas as etapas das intervenções.
Já a concessionária AB Colinas, responsável pelo trecho, informou que a obra não está prevista no contrato de concessão. Dessa forma, a concessionária aguarda a sua inclusão, por parte da Artesp, no contrato de concessão.