Campinas teve, em 2023, menor cobertura vacinal contra catapora

Foto: Arquivo CBN

Campinas registrou, em 2023, a menor cobertura vacinal contra a varicela (ou catapora) em pelo menos quatro anos.

Segundo a prefeitura, o índice de 74,8% é resultado da falta de doses enviadas ao município desde julho do ano passado, após a interrupção da distribuição do imunizante em todo o país.

A meta de cobertura vacinal para a catapora é de 95%.

A base de dados do Sistema Único de Saúde, o DataSUS, aponta que a metrópole excedeu o percentual em 2022, quando chegou a 98,3% de cobertura.

Em 2021 e 2020, os índices chegaram a 83,9% e 86%, respectivamente.

O sistema mantido pelo Ministério da Saúde não aponta, porém, a cobertura vacinal em anos anteriores a 2020.

A plataforma exibe um aviso de que os dados estão “em fase de revisão, com intuito de corrigir possíveis inconsistências na integração dos dados capturados pelos sistemas de origem”.

A prefeitura afirma que a entrega das doses de forma irregular acabou trazendo para baixo esses números. Em alguns meses, a cidade não recebeu nenhuma dose. Em outros casos, a entrega chegou a 10% ou 15% do total pedido.

Em setembro daquele ano, a cidade chegou a restringir as aplicações do imunizante contra catapora somente para crianças que não tinham nenhuma dose ou em eventuais bloqueios.

No início de 2024, os postos de saúde passaram a fazer uma “lista de espera” para aplicação da vacina.

Para tentar minimizar o problema, a administração municipal distribui as doses existentes “da maneira mais homogênea possível para todos os serviços”, explica Vizelli. Além disso, todas as solicitações de novas remessas e eventuais negativas são documentadas.

Em nota, o Ministério da Saúde explicou que, em março de 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da distribuição do imunizante após uma mudança no método de produção, o que levou à diminuição do estoque de vacinas contra varicela.

Ainda segundo a pasta, o laboratório voltou a fornecer as doses “gradativamente” e, assim que aprovadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), as remessas são distribuídas para a Secretaria Estadual de Saúde.

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