A busca por atendimento nas unidades de urgência e emergência da Rede Mário Gatti, em Campinas, cresceu 43,5% em uma semana, saindo de 2.447 no dia 11 de março para 3.512 na segunda-feira, 18.
Pessoas com suspeita de dengue e covid tem buscado atendimento nas UPAs Carlos Lourenço, Anchieta, São José e Campo Grande e nos prontos-socorros dos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde, além da Unidade Pediátrica Mário Gattinho. As quatro unidades de pronto atendimento registraram, juntas, um aumento de 69%.
Nós mostramos aqui na CBN a reclamação dos usuários da UPA Carlos Lourenço de que apenas um médico estaria atendendo aos pacientes. Algumas pessoas diziam ter chegado às 6h da manhã e às 2h da tarde ainda não tinham sido medicadas.
E com essa demanda aumentada o tempo de atendimento acaba crescendo. A Mariana Caroline levou a avó para ser atendida no pronto-socorro do Mário Gatti às 18h de terça-feira e deixou a unidade às 8h da quarta.
Outros pacientes também relataram ter ficado na unidade por bastante tempo. Eles passam por atendimento e depois aguardam por medicações ou exames. O técnico em logística Tiago Dantas de Souza estava acompanhando a mãe, Maria do Socorro de Oliveira, de 60 anos. Eles chegaram ao Pronto-Socorro do Mário Gatti às 22h e nesta quarta por volta das 8h ainda estavam na unidade.
A aposentada Suely Correia foi sozinha buscar atendimento. Moradora no Vida Nova, ela não quis ir ao Hospital Ouro Verde e já esperava desde as 5h pelo resultado do exame de sangue.
De acordo com a Rede Mário Gatti o hemograma de dengue deve sair em 2 horas e os demais exames de urgência entre 4 e 6 horas. A orientação é que quem estiver com febre deve procurar, primeiro, o centro de saúde mais próximo de sua casa, onde será monitorado pela equipe de saúde.
Já quem tiver tontura, dor abdominal forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramento, nos casos de suspeita de dengue com febre ou de doença confirmada, deve buscar atendimento nos prontos-socorros ou UPAs.