A sensação de pertencimento é fundamental pra todo ser humano. Saber de onde veio, quem está do seu lado e com quem pode contar quando precisar. Para as pessoas que tem autismo e também para a família dessas pessoas isso é parte integrante do tratamento.
De acordo com especialistas o Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta o desenvolvimento da criança em alguns aspectos por isso é necessária uma rede de apoio formada por profissionais de diversas áreas para suprir as necessidades, como explica a diretora do Instituto SER, Cláudia Dubard.
Os benefícios quando isso acontece são muitos. Desde conseguir ir ao banheiro sozinho, usar um par de chinelos e até mesmo em ações que ele vai vivenciar no futuro como pegar um ônibus ou pedir socorro. São competências que também passam pela interação social, uma das maiores dificuldades de quem tem autismo.
A rede de apoio também pode incluir grupos formados por familiares de autistas, que podem compartilhar experiências e estratégias de enfrentamento.
As expectativas e a rotina da família podem se alterar. Por isso é importante contar com ajuda pra entender como lidar com a nova realidade. Perceber que ela não será limitada, mas apenas diferente.
Quando o ambiente familiar está fortalecido o desafio se coloca da porta pra fora. Na escola e nos demais ambientes da sociedade. A especialista fala que o ambiente escolar ainda tem muito no que melhorar. A presença de auxiliares com olhar individualizado precisos ser mais presente e eficaz, principalmente no ensino público.
Quanto mais cedo a criança autista for diagnosticada mais fácil será trabalhar o desenvolvimento dela. Com o auxílio da rede de apoio não apenas a pessoa com autismo, mas também a família dela terão mais ferramentas para conviver com a condição autista pela vida.