A Secretaria de Saúde de Campinas informou, nesta quinta-feira (18), que um homem, na faixa etária de 65 a 70 anos, é o terceiro caso de chikungunya registrado no município neste ano.
Segundo a Prefeitura, o homem esteve no estado do Paraná, e apresentou início de sintomas em 11 de janeiro, mas passa bem. Todos os casos são importados – ou seja, neste ano, Campinas ainda não tem caso autóctone, quando a infecção ocorre na própria cidade.
Apesar disso, segundo o infectologista André Ribas Freitas, da Sociedade de Medicina de Cirurgia de Campinas, afirma que os casos preocupam, uma vez que os infectados em outros locais abrem a possbilidade da transmissão ter início na cidade.
A doença, assim como a dengue, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da zika. O epidemiologista alerta sobre os riscos da chikungunya chegar à região de Campinas, já que a doença está com transmissão estabelecida em regiões relativamente próximas, como cidades do noroeste do Estado de São Paulo e Minas Gerais.
Enquanto a dengue tende se agravar devido à desidratação, diminuição no volume de sangue e choque, a chikungunya apresenta mais frequentemente complicações respiratórias, cardiovasculares e neurológicas.
Os sintomas da dengue e da chikungunya são muito parecidos. Por isso, qualquer paciente que apresente febre e dores articulares deva ser testado também para chikungunya.
O coordenador do programa de arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto, disse que a Vigilância Epidemiológica está preocupada com esses casos registrados em regiões relativamente próximas
Fausto disse que, até agora, já foram aproximadamente 1.500 testes laboratoriais feitos em pessoas com suspeita de chikungunya. Apenas dois casos foram confirmados, de pessoas que se recuperaram.
O coordenador do programa de arboviroses cita ainda que o reforço na vigilância laboratorial – por meio do laboratório da Rede Mário Gatti, que fica no Ouro Verde – ajuda a evitar que casos sejam transmitidos localmente.