Índice mede quantidade de criadouros do mosquito da dengue em municípios do país

Foto: Fernanda Sunega/PMC

Dentre as várias medidas e indicadores utilizados no combate à dengue, existe o Índice de Breteau. Este índice serve para definir a quantidade de larvas do Aedes Aegypti encontradas dentro das residências, servindo de referência para verificar as áreas com infestação do mosquito. A medição é feita com a coleta de amostras e análise posterior.

O médico epidemiologista e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic, André Ribas Freitas, explica que o índice serve para verificar as áreas onde há larvas do mosquito da dengue, porém ele não mede a quantidade de larvas. “Esse índice é uma ferramenta a mais, ele não é perfeito, mas por exemplo, se eu tiver um criadouro com uma larva e um que tenha cem larvas, ele vai ser avaliado com a mesma importância. Ele é um bom indicador mais para uma reflexão de quais são os tipos de criadouro, qual o nível de infectação global”.

Freitas afirma que o número analisado isoladamente não permite uma conclusão sobre o nível de infestação em uma localidade, e que o índice serve mais como referência sobre o número de criadouros em uma região, e não sobre o número de mosquitos.

O Ministério da Saúde define como ideal índices iguais ou abaixo de 1. Algumas cidades da região estão com índices mais altos. Em medição realizada em janeiro, Campinas registrou índice de 3,24; Sumaré e Artur Nogueira registraram 2,5. “É um valor alto, é um valor que permitiu que ocorresse uma epidemia no nível que a gente teve esse ano, a gente tem tido muita dificuldade em controlar o nível de infestação”, explica o médico.

Já outros municípios registraram índices satisfatórios, como Pedreira e Paulínia, que ficaram com 0,7%. Esses dados, dentre outros, são são utilizados pelas autoridades de saúde como forma de planejar e executar ações de combate à dengue. Mas o médico destaca que para baixar o índice de breteau é necessária a ajuda da população. “Não pode depender apenas do agente comunitário e do agente de controle de vetores, é importante que os próprios moradores contribuam para eliminar os criadouros, o Ministério (da Saúde) tem a proposta aí de uma vez por semana, dez minutos, é porque é o tempo necessário para o mosquito sair da fase de ovo e virar adulto.” Freitas finaliza dizendo que esta é a única forma de quebrar o ciclo de reprodução do mosquito e se ter sucesso no combate à dengue.

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