O Ministério Público deflagrou na manhã desta sexta-feira (24) uma operação contra um grupo criminoso suspeito de desviar recursos públicos da saúde em Minas Gerais. Os mandados estão sendo cumpridos em Limeira, na região, além da capital paulista e Ubatuba, e nas cidades de Alfenas e Fama, no Sul de Minas.
Quatro pessoas foram presas preventivamente até o momento por crimes financeiros como corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
A operação foi nomeada Resgate e visa recuperar o dinheiro público desviado pelos envolvidos. Segundo o MP, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, sequestro e arresto de ativos no valor de R$ 15 milhões, além de imóveis, veículos, moto-aquáticas, lanchas e outras embarcações utilizadas pelo grupo criminoso.
Também foi determinada a quebra de sigilos bancários e fiscais das pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
A operação está sendo realizada por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), através da Coordenadoria Estadual de Rastreamento de Ativos e Combate à Lavagem de Dinheiro (CORA-LD), com apoio do GAECO Regional de Passos e Varginha e GAECO de São Paulo, Polícia Militar e Polícia Civil.
Participaram das atividades 50 Policiais Militares, 13 Policiais Civis, 2 Delegados, 5 Servidores do Ministério Público e 10 Promotores de Justiça.
De acordo com o MP, o esquema envolve pelo menos 15 pessoas, organizações da sociedade civil e empresas. Eles são investigados pelos crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao desvio de verbas da saúde pública de Minas Gerais.
As investigações apontam para utilização de ‘laranjas’ e empresas com intuito de desviar recursos, dissimular e ocultar os reais beneficiários dos crimes, movimentando mais de R$ 17 milhões nos estados de Minas Gerais e São Paulo.