Vice da mantenedora da PUC explica planos para gestão da Maternidade

Foto: Divulgação/Maternidade

Após a confirmação de que a PUC-Campinas assumiu o controle da Maternidade de Campinas, o Monsenhor José Eduardo Meschiatti, Vice-Presidente da mantenedora do Hospital PUC-Campinas, deu mais detalhes sobre o processo em entrevista à CBN Campinas.

Segundo ele, desde o mês de agosto de 2023 já havia a intenção por parte da PUC-Campinas em ajudar na situação da Maternidade, diante das dificuldades financeiras e e estruturais que a entidade vinha enfrentando. “Poderia gerar um colapso na saúde pública, um colapso social, então, com essa preocupação, a missão da Igreja (Católica), nós nos debruçamos, desde agosto passamos a analisar, através de várias consultorias, a parte econômica, sobretudo no endividamento da Maternidade, depois olhando possibilidades de crescimento, de inovação.

As análises foram feitas para analisar as possibilidades de se pagar a dívida, que está em R$ 142 milhões, e de a Maternidade conseguir contar com receitas para se sustentar. “Passamos a ter a gestão plena do ativo e do passivo, então, é uma incorporação, não é uma compra, a Maternidade está numa recuperação judicial, mas ela precisa ser realizada, porque agora é a negociação com os credores, para que se possa cumprir essa recuperação judicial, e lá na frente então, definitivamente, a Maternidade passe a fazer parte como uma mantida da mantenedora do Hospital e da PUC.”

Segundo o Vice-Presidente, agora a PUC-Campinas vai trabalhar em formas de honrar as dívidas e dar continuidade aos serviços da Maternidade. “Nós vamos negociar essa dívida tributária, sobretudo com possível abatimento de juros, de multas e parcelamento com longanimidade. Negociação com credores, temos uma empresa contratada que está fazendo a negociação, não vamos fazer cortes de funcionários, pelo contrário, queremos olhar tudo o que ela tem de bom, e depois, com o nosso jeito também de administrar, então nós pensamos que poderá haver um incremento de cirurgias, um incremento de número de leitos, um aumento”.

Ele afirmou também que serão realizados investimentos de R$ 60 milhões nos próximos três anos em estrutura, para que a Maternidade consiga se reerguer e gerar receitas suficientes para se manter. A Maternidade de Campinas é a maior do interior paulista, com mais de 230 leitos, 970 funcionários e 550 médicos. São realizados em média 750 partos por mês.

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