Um levantamento feito por vários órgãos públicos mostra que a falta de chuvas no mês de junho pode provocar problemas sérios no abastecimento.
Em Sumaré, por exemplo, conforme a BRK, concessionária responsável pelo saneamento da cidade, choveu apenas 3 milímetros em todo o mês. O quadro é totalmente diferente do observado em 2023, quando choveu 45 milímetros. No semestre, foram 366mm neste ano, uma redução de 55% no comparativo com o ano anterior, quando choveu 814mm.
Apesar disso, a captação de água ainda está considerada normal. O Rio Atibaia tinha 1,70 metro de profundidade, enquanto o mínimo necessário para captação é de 1,20 metro. A represa do Marcelo opera com 92% de capacidade, com um mínimo necessário de 38%. A captação do Horto 1 opera com 100% e Horto 2 82% da capacidade. Os mínimos requeridos vão de 62% a 64%.
Em Salto, não choveu durante o mês de junho deste ano. Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), esta é a primeira vez que o mês não registra chuva desde 2018. De acordo com o Saae, a captação nos ribeirões Piraí e Buru continua, mas os níveis desses mananciais já mostram ligeira queda. A companhia informa ainda que a cidade tem reservas importantes de água já prontas para serem acionadas, caso necessário.
Em Indaiatuba, a Represa do Mirim teve redução de 20% no volume de água disponível. A cidade não registra chuva há 50 dias. O município tem sete mananciais de abastecimento.
Para o mês de julho, a projeção do Cepagri da Unicamp é de tempo seco e temperaturas acima da média para o período. Como a região sudeste permanece sob influência do fenômeno El Niño, característico por impulsionar um aquecimento acima do normal, deve haver pouco impacto das frentes frias que se aproximarem.