O Hospital de Clínicas da Unicamp alcançou a marca de 3.500 transplantes de rins, o que foi motivo de orgulho não só para a equipe, mas também para a cidade de Campinas, já que essa marca é número um no país, quando em relação a transplantes fora de uma capital.
A paciente 3.500 foi a jovem Elida Trindade, de 27 anos, nascida no interior de Alagoas e que descobriu a doença renal, já em estágio avançado, pouco depois de se mudar para a cidade de Arthur Nogueira.
O primeiro transplante renal realizado pelos médicos da Unicamp foi em 1983, na Santa Casa de Saúde. Atualmente, o programa realiza em média 150 transplantes de rins por ano, Adriano Fregonezi, médico transplantador do HC falou de toda a logística que envolve até uma cirurgia de transplante.
Dados da Unicamp apontam que cerca de 90% dos transplantes de rins são de doadores mortos, números esses que poderiam ser maiores, se não fosse a alta taxa de reclusa, que atualmente está em 40%, como explica o médico neurologista Helder Zambelli, coordenador do núcleo de Organização de Procura de Órgãos (OPO).
A lista de espera para o transplante renal, conta com cerca de 500 pacientes prontos para o procedimento, quantidade semelhante em preparo para a cirurgia. Esta atividade coloca inclusive o serviço da Unicamp entre os 10 mais ativos do país. O Serviço de Transplante Renal do Hospital de Clínicas da UNICAMP recebeu no final do ano passado, a certificação Nível A através da avaliação de indicadores do Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (Qualidot) do Ministério da Saúde. A classificação prevê a concessão de incentivo financeiro adicional de 80% nos procedimentos e será renovada a cada 2 anos, pelo hospital junto a Central Estadual de Transplantes e a Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes.