Os comerciantes do centro de Sousas relataram à CBN Campinas dificuldades com relação ao estacionamento para a clientela nessa região movimentada do distrito. Relatam que o movimento no comércio poderia ser maior se superada essa dificuldade.
Eles informam que solicitaram à Emdec, à Prefeitura e ao Legislativo melhorias nas vagas de estacionamento no local, mas não foram atendidos. Os comerciantes sugerem a instalação de um estacionamento com vagas de 45º no entorno da Praça Beira Rio, localizada Rua Monsenhor Dr. Emílio José Salim.
O comerciante Edvaldo Leardini conta que precisou fazer um convênio com um estacionamento próximo para garantir vaga aos clientes.
“Eu pago o aluguel do açougue e do estacionamento para poder ter estacionamento para o cliente. Tirar uma faixa da praça e fazer estacionamento vertical resolveria muito nosso problema”, apontou Edvaldo.
O especialista em mobilidade urbana, Vicente Figueira Mello, destaca as possibilidades que poderiam melhorar os espaços de parada no local. Ele explica que o estacionamento de 45º é uma das alternativas para melhorar a capacidade de vagas na região, mas não resolveria o problema de acesso ao local por completo.
“Uma alternativa é o estacionamento subterrâneo, ou até conciliar com o transporte público, como é feito o uso de bondes no Rio de Janeiro ou Santos, e usar um estacionamento mais longe, ganha uma atratividade ainda maior para a região”, .
Em nota à CBN, a Emdec informou que, tecnicamente, não é possível implantar estacionamento em 45° no local, porque a rua é estreita e de circulação de ônibus. Para viabilizar o projeto, seriam necessárias obras para recortar parte da praça e aumentar o espaço viário, e que esse trabalho não está no escopo de atuação da Emdec.
A Subprefeitura de Sousas disse, em nota, que há cerca de dois anos, teve conhecimento do interesse dos comerciantes por mais vagas de estacionamento no centro de Sousas.
Apontou que, naquela época, foi avaliado que não havia possibilidade de criar estacionamento no entorno da Praça Beira Rio, por se tratar de uma área de tombamento histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc). Informou ainda que outro motivo é que a praça é destinada ao convívio da comunidade.