O professor Carlos Veiga Filho acusado de abusar sexualmente de três alunos em Serra Negra (SP) aguarda na prisão o julgamento do processo criminal movido pelo Ministério Público Estadual (MP-SP).
A ação tramita na 1ª Vara de Serra Negra, que manteve marcada para o próximo dia 20 de agosto a audiência de instrução, próxima etapa relevante do caso. Esse processo específico analisa a acusação de três estupros de alunos de 12, 13 e 14 anos da escola particular Libere Vivere, que procurou a polícia para denunciar os abusos.
O professor está preso desde o dia 11 de junho deste ano na Penitenciária de Sorocaba (SP) e, em decisão publicada na última sexta-feira (2), teve o pedido de Habeas Corpus negado pelo desembargador Euvaldo Chaib, do Tribunal de Justiça de São Paulo (SP).
O caso de Veiga voltou ganhar notoriedade no último domingo após o Fantástico, da TV Globo, ouvir relatos de ex alunos que também acusaram o professor de abusos em 1990. Os casos teriam acontecido em um colégio particular na cidade de São Paulo.
Carlos Veiga se mudou para Serra Negra em 2003, após ser demitido do Colégio em São Paulo. Na cidade, ele reabriu uma empresa de organização de acampamentos e continuou dando aulas de teatro. No ano passado, três alunos da escola particular Libere Vivere denunciaram Veiga para a direção da instituição, que procurou a polícia – ele já havia sido demitido pelo colégio como explicou o advogado da escola, Eduardo Leite. O advogado ainda contou que os abusos aconteciam na casa do professor.
A defesa de Carlos Veiga Filho afirmou ao Fantástico que a “verdade será alcançada e provada a inocência do professor”. A audiência de instrução e interrogatório do processo de Serra Negra está marcada para 20 de agosto às 13h00 e será realizada de forma híbrida, sendo opcional a participação presencial no Fórum. Na audiência, serão ouvidos o professor Veiga Filho, as testemunhas e policiais civis, guardas municipais e policiais militares que atuaram na investigação e condução do caso.