A Justiça condenou o ex-funcionário de uma organização sem fins lucrativos a mais de 10 anos de prisão por abusar sexualmente de duas crianças com deficiência visual em Campinas (SP). Caso Cabe recurso da defesa.
Na sentença, publicada no Diário da Justiça, a juíza da 6ª Vara Criminal da metrópole determinou que Bruno Fiel da Silva, de 30 anos, recorra em liberdade, já que respondeu ao processo solto.
Ao portal g1, a defesa do acusado afirmou que, considerando a possibilidade de recursos, “não é prudente considerá-lo culpado. Sendo assim, será apresentado recurso após a intimação do cliente”.
Silva foi preso em maio de 2022 e levado à 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Campinas, onde o caso foi registrado como estupro de vulnerável. Segundo as denúncias, o homem seria funcionário da Pró Visão, organização sem fins lucrativos que atua na habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência visual. Ele foi demitido.
De acordo com uma das adolescentes, o acusado teria dado um abraço, segurado a mão, a cabeça e a beijado. Após isso saiu como se nada tivesse acontecido, pediu desculpas e a chamou de fofa.
A jovem relatou o caso a outra criança, de 11 anos, que revelou já ter passado por situação semelhante.
Nesse outro caso ele deu um abraço, tentou erguer no colo. Aí depois a chamou lá fora, deu outro abraço e dois selinhos. Além disso, em outra ocasião, ele teria dado mais um beijo na criança, pedindo para não contar para ninguém.
Segundo o Instituto Proteja, que atua no combate à violência sexual infantil, as vítimas receberam acolhimento e assistência na associação após os abusos, mas sofrem com sequelas psicológicas do crime.