O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, vai usar um simulador de voo para recriar, a partir das informações das duas caixas-pretas, o voo da Voepass que caiu em Vinhedo.
O trabalho será feito pelo Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABData), do Cenipa, que há 18 anos é responsável por extrair e analisar os dados das caixas-pretas para compor investigações de acidentes aéreos.
O laboratório é equipado com microscópios, animações em 3D e fornos específicos para a secagem de equipamentos, segundo a FAB.
O LABData realiza a remoção das placas de memória dos gravadores de voo, que são parte das caixas-pretas, e os dados são recuperados eletronicamente.
A FAB informou que, após essa análise, os especialistas trabalham na sala do simulador de voo, onde as informações que foram obtidas são utilizadas para criar uma animação baseada nos dados e condições de voo anteriores ao acidente.
Feitas de titânio e aço, as caixas-pretas dos aviões são essenciais para ajudar a elucidar as causas de desastres aéreos e, assim, auxiliar na prevenção deles. Apesar do nome, esses dispositivos são, na verdade, da cor laranja, o que tende a facilitar as buscas.
As duas que estavam no turboélice ATR-72 da Voepass, que caiu em Vinhedo, foram recuperadas e levadas para o laboratório ainda no sábado. Todo o conteúdo foi extraído, segundo a FAB.