A Talissa Gurita descobriu o câncer de mama dois meses após o nascimento da filha mais nova. Ela já desconfiava de um nódulo no seio antes da gravidez, mas só teve a confirmação, depois. Em um mês realizou a cirurgia e um ano depois, pode comemorar a vitória da doença.
Talissa faz parte um levantamento positivo em Campinas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a mortalidade por câncer de mama na cidade apresenta tendência de queda desde 2018.
O dado estava em 18,5 óbitos para cada 100 mil mulheres no período de 2018 a 2020, e passou para 14,3 de 2021 a 2023.
Claro, que além da família, uma equipe médica preparada faz toda a diferença para o enfrentamento da doença. Juliana Natívio, coordenadora de informações epidemiológicas de Campinas, diz que uma boa estrutura clínica faz a diferença.
A detecção precoce é de extrema importância para diagnosticar o câncer em estágios iniciais, o que possibilita o tratamento eficaz e faz aumentar a chance de cura, como complementa André Pampanini, médico ginecologista.
O câncer de mama tem múltiplos fatores relacionados ao surgimento. Alguns não são modificáveis como condições genéticas/hereditárias, por exemplo. Porém, fatores comportamentais podem ser associados.
O levantamento mostra ainda que a taxa de incidência de casos tem apresentado tendência de elevação, sendo que de 2018-19 o número foi de 80 casos para cada 100 mil mulheres. O conhecimento sobre a doença continua sendo uma das principais armas para diminuir os mitos e temores relacionados ao assunto.
É por esse motivo, que a servidora pública Michele da Conceição, sempre busca apoiar outras mulheres. Ela também enfrentou a doença em 2015 e atualmente procura participar de eventos para compartilhar conhecimento, como no último, que foi uma exposição.
Que a gente possa contar cada vez mais histórias como a da Michele e também da Talissa, do início da reportagem. Grandes exemplos de superação.