A Justiça de Campinas condenou, em decisão publicada nesta terça-feira (22), a ex-panicat e modelo Ana Paula Leme pelos crimes de embriaguez ao volante, resistência à prisão e desacato. Por ser ré primária, a pena imposta foi de um ano e três meses em regime aberto, além da perda do direito de dirigir por dois meses.
A condenação, assinada pela juíza Chaiane Maria Bublitz Korte, da 4ª Vara Criminal, é referente ao incidente ocorrido no dia 20 de julho, em uma loja de conveniência, no bairro Cambuí.
À época, Ana Paula foi presa após xingar uma funcionária e chutar um policial militar. Ela pagou fiança e foi solta no dia seguinte.
Em nota, a advogada da ex-panicat, Caroliny Chang Rodrigues, afirmou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça pedindo a absolvição da cliente “por entender que a condenação não se sustenta juridicamente”.
O Ministério Público Estadual pediu a condenação de Ana Paula também pelo crime de ameaça, mas a juíza considerou que o crime não ficou configurado – uma vez que a funcionária da loja afirmou, durante depoimento à justiça, que não se sentiu ameaçada pela ex-panicat.
Em relação ao crime de embriaguez ao volante, a defesa afirmou que não há provas que confirmem que Ana Paula tenha conduzido o veículo sob efeito de álcool e que a modelo chegou sóbria à loja de conveniência. Sobre os crimes de desacato e resistência, a defesa aponta que a modelo estava visivelmente embriagada no momento da abordagem, “o que comprometeu sua capacidade de discernimento e reação adequada”.
Segundo a Polícia Civil, depoimentos de dois policiais militares, da funcionária da loja de conveniência do posto e de Ana Paula Leme também estão anexados ao inquérito. Durante oitiva na delegacia, a ex-panicat confirmou que chutou o policial militar, que consumiu “pelo menos duas cervejas”, mas negou ter ofendido a funcionária da loja de conveniência do posto.