O crescente número de acidentes fatais envolvendo motociclistas e pedestres nas ruas de Campinas tem deixado a população em alerta. Segundo o último Boletim Mensal de Óbitos da Emdec, entre janeiro e agosto de 2024, 53% das 49 mortes registradas na malha urbana foram de motociclistas e passageiros. Em setembro, o sistema Infosiga contabilizou 15 novas mortes no trânsito da cidade, sendo sete delas de condutores ou garupas de motos e quatro de pedestres, vítimas de atropelamentos. Além disso, quatro motoristas ou passageiros de automóveis também perderam a vida nesse período.
Para o autônomo Erasmo Carlos, a situação reflete uma combinação de fatores preocupantes: o desrespeito às normas básicas de trânsito e o estado emocional instável de muitos condutores, que agravam ainda mais os riscos para todos.
[Inserir sonora de Erasmo Carlos]
O acidente fatal mais recente aconteceu na última segunda-feira (28), envolvendo um motociclista de 40 anos. Ele morreu após colidir com um carro e ser arremessado contra uma árvore no canteiro central, próximo ao cruzamento das avenidas João Jorge, Amoreiras e Prestes Maia. O acidente foi gravado por outro motociclista que vinha logo atrás e registrou o momento em que a vítima realizava manobras de “costura” entre os veículos no trânsito.
Para Erick Alves, motociclista que trabalha com transporte de passageiros por aplicativo, as dificuldades enfrentadas por quem pilota em Campinas vão além dos riscos pessoais. Segundo ele, é essencial manter a atenção redobrada, principalmente para antecipar e corrigir possíveis erros de outros motoristas, que muitas vezes resultam em situações de extremo perigo.
[Inserir sonora de Erick Silva]
Os dados e os relatos reforçam um alerta para as autoridades de trânsito e pedestres, que em meio ao trânsito, são sempre os mais vulneráveis a acidentes graves. De campinas, Lucas Neri