O presidente da Voepass Linhas Aéreas, José Luis Felício Filho, afirmou na Câmara dos Deputados que a aeronave que caiu em Vinhedo no dia 9 de agosto havia passado por manutenção na noite anterior e estava plenamente operacional.
Uma das hipóteses investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos para a queda é o acúmulo de gelo em partes do avião.
Felício prestou depoimento à comissão externa da Câmara que acompanha as investigações do acidente, e negou a fala de um ex-comandante da empresa, que deu entrevista para a TV Globo relatando que teve que usar um palito para conseguir acionar o sistema antigelo de uma aeronave do mesmo modelo da que caiu.
O presidente da Voepass também afirmou que o avião tinha combustível suficiente para voar de Cascavel até Guarulhos a 10 mil pés, ou seja, voando mais baixo e gastando mais combustível para evitar formações de gelo. Ele preferiu não comentar se o acidente poderia ter sido evitado se a altitude fosse menor.
Em relatório preliminar divulgado no dia 6 de setembro, o Cenipa concluiu, com base nos dados da caixa-preta da aeronave, que os pilotos não reportaram qualquer tipo de emergência à torre de controle antes da queda. A conclusão das investigações pelo Cenipa pode demorar meses.
No dia 28 de novembro, a comissão da Câmara dos Deputados deve fazer uma vistoria no hangar de manutenção da empresa, que fica em Ribeirão Preto. A intenção da visita é verificar as condições da manutenção dos aviões da aérea e, assim, propor legislações mais efetivas para a segurança da aviação civil.