Em meio à polêmica do projeto que veta o uso de celulares, tablets ou qualquer tipo de aparelho eletrônico com acesso à internet durante o período de aulas, algumas escolas fazem o uso dessa tecnologia para justamente melhorar o aprendizado dos alunos.
O projeto de lei, aprovado por unanimidade pelos deputados estaduais de São Paulo na terça-feira (12), tem gerado intensos debates sobre os benefícios e os desafios dessa proposta. O psicólogo e neurocientista Júlio Peres, que participou de uma entrevista no Estúdio CBN Campinas, destacou os impactos negativos do uso excessivo de tecnologia entre crianças e jovens.
Segundo o projeto de lei, o objetivo é não apenas otimizar o aprendizado, com base em estudos da Unesco, mas também combater os vícios tecnológicos e problemas de saúde relacionados ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos.
Em uma escola particular de Campinas, o uso de celulares é proibido durante as aulas, mas a instituição faz uso de notebooks — especificamente os Chromebooks — durante algumas disciplinas. Esses dispositivos oferecem jogos educativos e ferramentas pedagógicas que potencializam o aprendizado, como explica Anderson Gama, diretor pedagógico da escola.
O projeto de lei, de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede), conta com a coautoria de 42 outros parlamentares e segue uma tendência nacional, com a aprovação de uma proposta semelhante pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, no Congresso Nacional, no dia 30 de outubro.
Agora, com a aprovação na Alesp, o projeto aguarda apenas a sanção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que, segundo a TV Globo, se mostrou favorável à medida. O governador tem um prazo de 15 dias para emitir seu parecer.