Pela terceira vez em duas semanas, a quebra de máquinas utilizadas para o recapeamento da Rodovia dos Bandeirantes está travando o trânsito e irritando o motorista que faz o caminho sentido São Paulo.
O trabalho que acontece na altura do km 93, na altura do Cemitério Parque das Flores, interdita duas faixas da Bandeirantes, fazendo com que o tráfego siga apenas pela faixa da esquerda. Com o grande movimento, os congestionamentos são quilométricos.
Nas últimas semanas, a CBN Campinas consultou a concessionária AutoBAn para tentar entender por que os canteiros não são liberados às 5h, como previstos.
Das três últimas situações que aconteceram na Bandeirantes, a última nesta terça-feira, o argumento é que uma máquina usada na obra quebrou. Os trabalhos não são realizados em dias de chuva, dias em que o trânsito fluiu normalmente.
Antes do feriado de 15 de novembro, a liberação da pista da Bandeirantes só aconteceu às 7h18 porque um caminhão que transporta uma máquina havia quebrado.
O congestionamento travou totalmente a Rodovia Adalberto Panzan, que liga a Anhanguera à Bandeirantes, e provocou lentidão na pista principal desde Hortolândia, sem contar o efeito cascata em outros trechos.
Os trabalhos de recapeamento são terceirizados para uma empresa que já costumava fazer obras para a AutoBAn.
Provocada pela reportagem, os setores da AutoBAn consultados estão relatando os seguidos eventos para a equipe responsável pela contratação das empresas que fazem a pavimentação.
A Artesp também foi consultada. Segundo o órgão regulador dos transportes do Estado, as concessionárias tem a obrigação contratual de planejar e executar operações especiais a fim de reduzir os transtornos causados por intervenções viárias que afetem a fluidez, segurança e o conforto dos usuários.
Em nota encaminhada à CBN, “caso seja evidenciado desconformidades como o suposto atraso na execução de intervenções, a concessionária poderá ser notificada e multada conforme estabelecido nos Editais de Licitação”.